Críticas ao céu azul: a liberdade de expressão e as redes sociais

liberdade de expressão redes sociaisredes sociais, é cediço, têm se configurado em ambiente inóspito. Lugar no qual o instinto humano por reclamar de tudo e de todos alcança os extremos, motivado pelo anonimato ou pelo encontro com os pares que pensam de forma assemelhada.

Consabido é que vivemos num momento de dicotomias bem definidas que podem, a grosso modo, serem estabelecidas em uma divisão entre esquerda e direita, brancos e negros, homossexuais e heterossexuais, homens e feministas, etc.

São diversos os grupos que se digladiam diariamente nos mundos real e virtual, numa espécie de guerra fria.

Contudo, o embate mais recente e emblemático é o de coxinhas e petralhas e, me desculpem àqueles que se identificam com um grupo ou outro, mas considero essa dualidade a mais sem sentido, para não usar termo mais rude.

Se identificar como esquerda ou direita hoje, mais que em qualquer outro tempo, significa repudiar tudo o que qualquer pessoa que pertença ou pareça pertencer ao outro grupo faça, sem importar se trata-se de ato positivo ou negativo.

Se você é do Grupo A exaltará tudo o que alguém desse grupo faz, e criticará tudo de bom ou ruim que alguém do Grupo B faça ou, quem sabe, se restar-lhe o mínimo de ética, omitirá tecer considerações se, intimamente, reconhecer o feito como elogiável.

Infelizmente, o quadro, assim retratado, não é digno de admiração.

São inegáveis os esforços envidados pelo atual governo para conter despesas públicas, mesmo assim enfrenta críticas.

Posições políticas à parte, por que um Presidente da República teria interesse em tomar tantas medidas impopulares, em tão pouco tempo, se não estivesse verdadeiramente buscando colocar o país nos eixos?

Um grande mal do século XXI e das redes sociais que trouxe consigo é a crítica gratuita daquele que lê somente o título da notícia, permeada pelo analfabetismo funcional de quem faz parte de um país onde, lamentavelmente, “apenas 8% das pessoas em idade de trabalhar são consideradas plenamente capazes de entender e se expressar por meio de letras e números”, segundo Estudo Especial realizado no ano passado com base na metodologia Inaf – Indicador de Alfabetismo Funcional.

Enquanto ficarmos apegados a Guerra Fria de Interesses, defendendo o nosso e ignorando a busca pelo bem comum, este país, após um passo para frente, dará dois para trás.

Autor: Julio Berilo dos Santos Neto

Fonte: julioberilo.jusbrasil.com.br

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